Blog Oficial da Associação Brasileira de Relações Públicas - Seção Estadual de Alagoas

quinta-feira, 29 de abril de 2010

ABRP São Paulo abre inscrições para Prêmio ABRP 2010

Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas chega à 28ª edição, após recorde de inscrições em 2009


A Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP-SP) abriu desde o dia 23 de março as inscrições para o Prêmio ABRP 2010. O concurso premia monografias e projetos experimentais de Relações Públicas de todo o pais.

Os trabalhos podem ser inscritos nas categorias graduação (monografias e projetos experimentais, distribuídos em 15 temáticas) e pós-graduação Lato sensu (monografias).

As inscrições podem ser realizadas pelos próprios autores ou pelas Instituições de Ensino com cursos de graduação ou pós-graduação em Relações Públicas. Os interessados encontram o Regulamento com todas as informações sobre o concurso, bem como a ficha de inscrição no site www.abrpsp.org.br. Os trabalhos devem ser enviados junto com a Ficha de Inscrição e o comprovante de pagamento correspondente à categoria inscrita para a sede da ABRP-SP (rua Caramuru, nº. 417 – cj. 74 – CEP 04138-001, São Paulo, SP).

As inscrições serão encerradas em 12 maio, quando se inicia o período de avaliação. O corpo de jurados é composto por profissionais com experiência tanto no mercado quanto na academia e observam o embasamento de todas as monografias e projetos experimentais, os critérios específicos para cada categoria e temática, dentre outros. Os trabalhos finalistas são divulgados no segundo semestre, em data próxima à cerimônia de premiação, que acontece em outubro.

Na edição de 2009, o Prêmio teve número recorde de inscrições em 27 edições do Concurso, representando 20 instituições de ensino superior de diferentes estados do país. A cerimônia de premiação contou com mais de 300 pessoas.


O que é: 28º Prêmio ABRP – Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas

Inscrições: 23 de março a 12 de maio de 2010 (Ficha de inscrição e Regulamento do concurso no site: http://www.abrpsp.org.br/)

Mais informações para a imprensa com Vanessa Magalhães
e-mail: abrpsp@abrpsp.org.br ou telefone (11) 5589 2632.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

RP's, Jornalistas e Publicitários no Legislativo e Executivo de Maceió, só com DIPLOMA!

Momento da assinatura da Lei pelo presidente da CMM

   A Câmara de Vereadores Municipal de Maceió (CMM) na passagem da sessão plenária do dia 7 de abril (quarta-feira) homenageou os jornalistas alagoanos pela passagem do Dia Nacional do Jornalista. A  Vereadora Tereza Nelma (PSB) autora do Projeto de Lei – que torna obrigatória a contratação pela Câmara de Maceió e órgãos da Administração Pública de Maceió, de Relações Públicas, de Jornalistas e de Publicitários diplomados – expirou o prazo para sanção pelo Prefeito Cícero Almeida (PP), já que fora aprovado, pelos vereadores, em agosto de 2009. Com isso restava ao presidente da Câmara, Vereador Eduardo Holanda (PMN), promulgar a lei, conforme previsão do Regimento Interno da Casa.

     Convencido da importância e urgência do projeto, Holanda assim o fez, atendendo à antiga reivindicação da categoria. A promulgação da matéria, como destacado pela Vereadora Tereza Nelma, representa mais um ato de pioneirismo do Legislativo Municipal.

     Para o Vereador e Jornalista Silvio Camelo (PV) falou do conturbado momento vivido pelos profissionais da comunicação, devido à cassação do diploma de jornalista, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “A categoria sofre um duro golpe, já que muitos jovens que decidiram cursar Jornalismo estão abandonando um sonho, o que é um absurdo e que precisa ser revisto urgentemente”, avaliou o Vereador, elogiando o empenho do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas (Sindjornal), na busca pela valorização do Profissional com formação superior.

     Em seguida, foi a vez de a presidente do Sindjornal, Valdice Gomes, discorrer sobre as dificuldades enfrentadas pelos profissionais. “O Supremo Tribunal Federal (STF) cassou nosso Diploma, mas, em contrapartida, decidiu somente contratar jornalistas profissionais. Isto não deixa de ser um contrasenso”, salientou.

     Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas - Secção Alagoas (ABRP Alagoas), Relações Públicas Marcelino Freitas Neto, que esteve presente na homenagem, a Lei é uma vitória para toda a categoria de Comunicação, na capital alagoana. "Isso só demonstra que a CMM não compactuou com o autoritarismo e a insanidade mental da decisão do Ministro do STF Ministro Gilmar Mendes e sua turma de acabar com o Diploma de Jornalismo, dando assim um exemplo não só para Maceió, como também para todo o País, valorizando esse instrumento tão importante que é o Diploma que o profissional, verdadeiro, adquire depois de passar 4 anos de vida acadêmica", mencionou Freitas que também é Jornalista Profissional.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma triste realidade: "RP'S EM EXTINÇÃO!"


Faculdades fecham o curso de relações públicas por falta de interessados e pela baixa contratação desses profissionais em Brasília


Ser multidisciplinar é requisito de um bom relações-públicas (RP). A profissão envolve domínio em comunicação, administração, marketing e até economia.


Mas quando o assunto é mercado de trabalho em Brasília, a variedade cai por terra. Antes com diversas oportunidades de qualificação em faculdades particulares e até na Universidade de Brasília (UnB), a cidade é restrita para quem quer seguir a carreira.


Há apenas uma opção de formação superior e um mercado de contratações enxuto, principalmente na iniciativa privada.


Percebendo a falta de alunos interessados na graduação, há seis anos, o Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) deixou de oferecer a formação em RP. A ex-coordenadora do curso, Silvia Passos, acredita que a atividade perdeu espaço para outras áreas da comunicação.


Com uma média de 40 alunos nos bons tempos de oferta, o Centro Universitário de Brasília (Uniceub) seguiu a mesma trajetória do Iesb. "O mercado local não estava mais absorvendo os profissionais", justifica o ex-coordenador Harry Eduardo Klein.


Única ainda a apostar no potencial local da atividade, a Faculdade Anhanguera de Brasília oferece a graduação desde 2002, mas reconhece a demanda pequena pelo curso. "A falta de informação sobre a atuação é um dos grandes motivos", acredita a coordenadora Larissa Ribeiro. Segundo ela, anualmente, a faculdade forma cerca de 40 alunos. Muitos deles aproveitam o trabalho de conclusão de curso para explicar melhor a atuação dos RPs.


Adriana Nina, 28 anos, foi além. Também direcionou o trabalho final à área em que ela planejava atuar depois de formada.


"Fiz meu TCC (trabalho de conclusão de curso) sobre os profissionais de relações públicas que atuam em agências de publicidade", diz a atual coordenadora de mídia de uma agência da cidade.


Formada há cinco anos, Adriana acredita que, por meio de um curso superior, é possível adquirir uma boa base sobre o funcionamento de uma empresa. Mas ela avalia que, em Brasília, as oportunidade de trabalho poderiam ser maiores e a profissão, mais reconhecida.


Estágio O mercado restrito interfere consequentemente na oferta de estágios. Segundo Larissa Ribeiro, existem oportunidades na cidade, mas os estudantes nem sempre conseguem atuar diretamente na área escolhida.

"Mesmo assim, alguns deles conseguem ser efetivados ou passam a se dedicar às vagas que podem ser preenchidas por meio de concursos", diz a coordenadora.
É o caso da recém-formada Gisele Alves Araújo, 25 anos.


Também bacharel em direito, ela explica que a graduação em RP a ajudou a ter uma noção melhor do funcionamento das empresas, além do relacionamento com o público. Concurseira, ela ampliou o leque de investidas nas seleções públicas com o novo diploma. "Muitos concursos abrem vagas, mas são poucas as chances", lamenta.


Com inscrições abertas, o concurso da Defensoria Pública da União tem uma vaga de RP em Brasília, com remuneração de R$ 3.532,95. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) ofereceu três vagas para a capital e a Petrobras, outra com lotação no Rio de Janeiro. Os salários oferecidos foram, respectivamente, de R$ 3.012 e R$ 3.940.

FASE DE OURO NO SUDESTE

Nas grandes cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as condições de trabalho dos relações públicas (RPs) são diferentes. Eles exercem função importante em projetos estratégicos das empresas, como manter o contato com o mercado exterior. Para o coordenador do curso de RP da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Nassar, a atividade está passando por uma fase de ouro. “Ela está embaixo do guarda-chuva da comunicação organizacional. Por esse motivo, exerce uma atuação importante dentro das companhias”, avalia. “Os alunos devem ter visão internacional. Esse investimento já está causando umas mudanças nos currículos das instituições”.


De acordo com João Alberto Ianhez, presidente do Conselho Federal de Relações Públicas (Conferp), a formação abrangente, com conceitos de administração e técnicas de comunicação, é imprescindível para atender a demanda do mercado empresarial. “É uma profissão que possui filosofia e técnicas administrativas. Ela foge da comunicação e entra em outras áreas”, avalia. Nassar aponta que os principais contratantes são companhias de grande porte e destaca que um dos motivos da mortalidade de pequenas e médias empresas está na falta de relacionamento interno e externo. “É uma falta de capital que não envolve apenas investimento, mas cultura e tempo. Eles (os RPs) mudam a forma de administração”, diz.


Segundo dados do Conferp, os RPs estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste do país. Dos 15.602 profissionais registrados no país, 3.733 atuam no Rio de Janeiro. Mesmo com a importância nas regiões mais fortes empresarialmente, o coordenador da USP reconhece que o mercado ainda não tem espaço para contratar todos os profissionais formados. “As oportunidades devem aumentar com os grandes eventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo”, analisa.


Aluna do último semestre de RP, Cinthia Nery, 23 anos, também espera um acontecimento de peso para ver o cenário da profissão escolhida melhorar em Brasília. “Os estudantes estão confiantes que a chegada da Cidade Digital deve trazer para cidade empresas multinacionais, surgindo novas oportunidades”, diz.


Cinthia já estagiou na coordenação de relações públicas do Ministério do Transporte e, atualmente, está no cerimonial do Ministério Público. Mesmo planejando trabalhar como RP no setor privado, ela valoriza as experiências no funcionalismo público, principalmente por conta dos adendos à rede de relacionamentos. “É uma pena as empresas privadas não oferecerem chances. Mas para o RP os contatos podem valer mais do que dinheiro”, diz.
 
 
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE (Caderno Trabalho e Formação Profissional)
Distrito Federal – 11/04/2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

“A abençoada profissão de Relações Públicas”


João Alberto Ianhez*

Aquelas pessoas que não viveram e não praticaram na sua essência a atividade de Relações Públicas nunca poderão entender a afeição que essa profissão abençoada desperta. Esse sentimento faz com que profissionais da área sofram quando a vê sendo deturpada, inadequadamente praticada, mal interpretada.


A atividade de Relações Públicas é abençoada por: Mudar para melhor as organizações, ao criar entendimento e as harmonizar com os seus públicos. Através da sua filosofia e das suas práticas administrativas, fazer as pessoas encararem as demais com maior compreensão e cordialidade. Promover a relação de respeito entre o humano, o social e a natureza, muito antes de se começar a falar em sustentabilidade. Representar a opinião pública junto à organização. Promover a eficácia e a produtividade.

Hoje se fala em substituir Relações Públicas por Comunicação Organizacional. A análise dessa idéia pode começar pelos nomes: Relações Públicas dá a idéia correta do que guia as organizações e assume cada vez maior importância: as relações com o público, a opinião pública. Comunicação Organizacional dá idéia de ações internas, da comunicação voltada para dentro das organizações.

Os defensores da Comunicação Organizacional dizem que esta é mais fácil de entender e que Relações Públicas tem um campo de ação muito amplo e é muito complexa. Não é isso! É falta de conhecimento prático da atividade. Sua amplitude e complexidade não são maiores do que as de muitas outras áreas da administração. Por essa razão muitos profissionais afirmam: “Relações Públicas só se conhece na prática.”

Enganam-se os que colocam nos ombros do profissional de Relações Públicas as responsabilidades que ela envolve e as atividades abrangidas por ela. O líder da organização deve ser o responsável primeiro pela atividade. Ele deve utilizar a sua capacidade de liderança para que toda a administração apóie a atividade. É necessário que todos na organização atuem pela filosofia e práticas de Relações Públicas. O profissional assessora, aconselha e fornece os instrumentos para que Relações Públicas aconteça.

A atividade não envolve somente técnicas de comunicação. Ela é filosofia e prática de administração. Não é só o profissional de Relações Públicas que vai praticá-la. É a organização como um todo. A filosofia que está na cultura da empresa é adaptada aos parâmetros de Relações Públicas e deve permear a organização na plenitude da sua estrutura. Nesse processo, ela transforma e adapta ações administrativas. Em muitas áreas vai exigir novas políticas, mudanças nas formas de se relacionar e de se comunicar.

Tendo o apoio do líder da organização, o profissional e a área de Relações Públicas são os guardiões dessa filosofia e das práticas administrativas resultantes da mesma.

Portanto, Relações Públicas são: a) Filosofia de administração. b) Função administrativa. c) Técnicas de comunicação e relacionamento. d) Técnicas para olhar a organização com os olhos do público.

No passado, se tentou fazer da atividade de Relações Públicas um instrumento para valorizar regime não democrático, tornarem corretas imagens incorretas. Não vingou. Surgiu nos órgãos governamentais e empresas estatais o termo Comunicação Social, importado do Vaticano. Os profissionais de Relações Públicas foram substituídos por especialistas em comunicação de mão única. Executavam a comunicação de cima para baixo, ditatorial: “Mando! Obedeça!”. Essa denominação se impôs rapidamente. Foi a saída para aqueles que não podiam utilizar o titulo de Relações Públicas. Até hoje se encontra essa forma da comunicação em algumas organizações públicas e privadas.

Então, o que aconteceu com as Relações Públicas no Brasil?

Primeiro: Fizeram dela o que ela não é. Retalharam-na por falta de conhecimento e para burlar a regulamentação. Segundo: Colocaram-na como especialidade de Comunicação Social e foram aos poucos minando sua visão multidisciplinar. Terceiro: Pessoas despreparadas e amadoras, que não tinham condições de exercê-la, se aventuraram na sua prática, criando confusão e interpretações errôneas. Quarto: Falta de visão do mercado sobre ela e sobre o trato com a opinião pública. Quinto: Interesses pessoais colocados acima dos, da profissão. Sexto: A falta de união da classe.

Hoje está ocorrendo o que ocorreu na época da regulamentação. Profissionais que não podiam utilizar o título diziam: “Não é Relações Públicas, mas é a mesma coisa”. Agora estão querendo que digam: “Não é Relações Públicas, mas é a mesma coisa, é Comunicação Organizacional.”

Vamos lutar por essa abençoada profissão, ou vamos deixar que tripudiem sobre ela ainda mais?
 
*João Alberto Ianhez (CONRERP 2ª Região – 004), Presidente do CONFERP